O relacionamento virtual está cada vez mais presente em nossa vida. Todo mundo com a atenção focada nos celulares, jogando, mandando e recebendo mensagens, e pouco se importando com quem está ao lado ou com a família. As pessoas estão vivendo em ambiente virtual. Facebook, Twitter, batepapo Uol - todas essas ferramentas possibilitam ao indivíduo conhecer pessoas de outras cidades, de outros estados e de outros países. Sem contar que é um lazer passar horas jogando ou "colando" musicas numa sala de bate-papo. Muitos estão vivendo um relacionamento de amizade ou de amor que pode ficar para sempre no plano virtual. As pessoas estão se acostumando com o relacionamento virtual e começam a se relacionar cada vez menos com "no real". Estão preferindo mais os amigos virtuais do que os amigos reais. Talvez aqui se encaixe uma observação da "Dj Mendiga de Lap Top" sobre o amor: "É tanta escassez de amor que ninguém mais se importa com os sentimentos dos outros". Prefiro entender que as pessoas estão se transformando com a utilização da tecnologia, que as coloca no mundo virtual. Talvez as características do amor tenham mudado. Talvez estejamos diante do "amor moderno", que não se parece com o "amor antigo". Como o amor é um sentimento do universo e não da pessoa, ele não pode ficar escasso. O amor continua existindo com a mesma quantidade que sempre existiu no universo. Talvez as pessoas estejam acessando menos o amor. Talvez estejam ficando menos apegadas umas com as outras. Talvez as pessoas simplesmente estejam ficando mais virtuais. Talvez o nosso modo de amar esteja mudando. As filosofias orientais e até mesmo a Bíblia sempre pregaram o desapego como meio de articular a evolução espiritual. Talvez as pessoas estejam ficando desapegadas. Seria Deus pressionando para as pessoas se desapegarem?
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
As pessoas estão amando diferente