Reportagem de Jornal O Dias

Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador

Jean Piaget e a Função da Educação

Estar formado ou "ser uma pessoa formada" sempre foi uma ideia que me fez pensar na questão dos limites do conhecimento e da capacidade de assimilação cognitiva. Existe um limite para a formação acadêmica? Existe um limite para a capacidade individual de percepção da vida? Deveríamos entender que a consciência pessoal sobre o mundo externo ao observador é padronizada para todos os indivíduos? Seria objetivo da Educação transferir para as novas gerações os conhecimentos históricos adquiridos e não fomentar graus mais altos de percepção da realidade externa? Sabe-se hoje que a pessoa nunca está formada, nunca chega ao limite de si mesma. Mas, na década de 1960, pelo menos no ambiente social onde eu vivia, os adultos comentavam que fulano de tal "já estava formado" ou que já "era um homem formado", no sentido de que não tinha mais nada para aprender. Pior ainda, pensava-se que se a pessoa não se interessou por estudo é porque não tinha inteligência. Deus havia feito uns com inteligência e outros sem inteligência? Acreditava-se que as pessoas que arrumavam um trabalho e casavam já estavam formadas, mesmo sendo analfabetas, pois estar formado era uma situação concernente a todas as pessoas casadas e que estavam por volta dos 40 anos. Era quase um pensamento religioso a ideia de que Deus fazia médicos e analfabetos. Não sei se este era também o pensamento do mundo acadêmico, porque as universidades estavam muito separadas das camadas mais pobres da população. Acredito que, na década de 60, muitos doutores achavam mesmo que o povo é burro por natureza, como se a educação fosse uma instituição acessível a todos. Quem chegava à universidade dava provas de ter inteligência. Quem não chegava, dava provas de ser burro, e burro não aprende. Lembro da batalha do professor Lauro de Oliveira Lima, pesquisador da obra de Jean Piaget, para trazer à luz a ideia de que a pessoa nunca está formada, está sempre em formação intelectual, moral e psíquica. O ser humano está em evolução, não chegou ainda ao fim de sua formação. O conceito de "pessoa formada" dizia respeito ao adulto e não ao diplomado ou ao acadêmico. O termo "homem formado", na década de 60, embutia dois entendimentos: que a pessoa "formada" não precisava aprender mais nada, sabia o suficiente, era adulto e isso bastava, e que, no caso do analfabeto adulto, por exemplo, o sujeito não tinha mesmo era capacidade para aprender, portanto já estava com a sua burrice formada. O Lauro de Oliveira Lima (educação na ditadura militar de 64) era um expoente das pesquisas pedagógicas do cientista suíço Jean Piaget e combatia a tese popular da "pessoa formada" (aquela que já sabe tudo e não precisa aprender mais nada), argumentando que todos têm inteligência para aprender em qualquer área do conhecimento, em quantidade ilimitada, em qualquer idade e nunca devem parar de atualizar seus saberes, pois o conhecimento não ocupa espaço. O que me deixou espantado, na época, foi a crença na limitação da capacidade de aprendizagem. O estímulo para quebrar a sequência dos condicionamentos culturais era nenhum, e o indivíduo que tentava mudar era criticado. Ainda hoje (2020), conheço centenas de pessoas que possuem curso superior, trabalharam na área, se aposentaram e pararam de estudar, perderam o estímulo para continuar aprendendo, dando a entender que só estudaram para ter uma profissão e ganhar dinheiro, não porque gostavam de estudar, conforme se aplica aqui as críticas do filósofo Schopenhauer. Existe, pois, ainda o pensamento de que a pessoa precisa estudar para exercer uma profissão, e, depois de formada em algum curso superior, chegou ao limite, não precisa aprender mais. Isto é um absurdo do ponto de vista da crença no limite da capacidade de aprender e se capacitar. Todos os indivíduos precisam estudar e aprender indefinidamente e manter estimulada a curiosidade pelo desconhecido. Qualquer um que se aposente da tarefa de continuar aprendendo, está desatualizado.
Jornal O DIAS

A VIDA SECRETA DE CHICO TAQUARA



A VIDA SECRETA DE CHICO TAQUARA Como foi a chegada de Chico Taquara na cidade de São Thomé das Letras? Corria o ano de 1860. São Tomé das Letras era um pequeno arraial encravado na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais. Numa manhã fria de junho, o jovem Chico Taquara, aparentando ter vinte anos, chegou na cidade. Sua intenção era viver retirado em alguma área rural onde se sentisse seguro e preservado da convivência humana. Ele era um espírito livre e controverso. Muitas pessoas querem saber onde ele nasceu, de qual cidade ele veio e quem eram seus pais. Na verdade, são perguntas que não podem ser respondidas, pois não há relatos e nem documentos que comprovem que ele morou em outra cidade antes de se mudar para São Thomé das Letras. Também não há notícias sobre quem foram seus pais, irmãos e parentes. A origem e o destino dele são um mistério que só a filosofia dos mistérios pode esclarecer. Então, segundo a filosofia dos mistérios, quem foi Chico Taquara? Indo direto ao ponto, o fato que a história desconhece é que ele não era um homem, mas um espírito materializado. Alguns místicos entendem e divulgam que a cidade de São Tomé das Letras é um portal que dá acesso a outras regiões mais evoluídas do Plano Espiritual. Esse pensamento é coerente com a filosofia secreta. Porém, o místico Chico Taquara não só foi o responsável por estabelecer esse portal espiritual, mas ele mesmo era um habitante daquelas regiões e se materializou na Terra a partir de lá. Entendendo isso, temos a dizer que naquela manhã fria de junho, em 1860, quando Chico Taquara apareceu na cidade de São Thomé das Letras, ele não estava vindo de uma outra cidade qualquer, porém sim havia acabado de se materializar no plano físico com a missão de construir o portal que conecta aquela montanha aos mundos superiores. Clique aqui e veja mais.



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