Reportagem de Jornal O Dias

Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador

O Saci na luta dos quilombos

O tipo étnico brasileiro caracterizado como mestiço fica melhor definido como cultura do que como um perfil biológico. O Saci Pererê é o arquétipo cultural do mestiço. , o tipo brasileiro, a semente do sincretismo cultural, a alavanca da miscigenação. Ele tem a força de um arquétipo racial e é o símbolo do Brasil mestiço. Originariamente, o Saci é um ente lendário da cultura tupi-guarani. Um menino ameríndio de uma perna só. Tinha como função defender a natureza. Era uma espécie de guarda florestal. As escravas (aias), grandes contadoras de histórias, transformaram o Saci indígena em Saci negro. Neste caso, o alinhamento foi fácil. Tudo aconteceu na época da escravidão. Os negros fugiam das senzalas e iam se refugiar nos quilombos dentro das florestas. Assim como o Saci armava ciladas para os índios que destruíssem desnecessariamente as árvores, os arbustos, as florestas, etc., do mesmo modo os negros armavam ciladas para os portugueses que iam até lá, armados, tentando recapturá-los e levá-los de volta para o trabalho forçado. Então a reconfiguração do símbolo foi praticamente automática. Foi só tirar uma perna do escravo e dar cor negra ao Saci. Estava pronta a lenda do Saci que Monteiro Lobato ouviu das escravas. Estava reconfigurado, no imaginário coletivo daquela sociedade escravocrata, o arquétipo racial ou cultural como elemento representativo do tipo étnico brasileiro. 
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A VIDA SECRETA DE CHICO TAQUARA



A VIDA SECRETA DE CHICO TAQUARA Como foi a chegada de Chico Taquara na cidade de São Thomé das Letras? Corria o ano de 1860. São Tomé das Letras era um pequeno arraial encravado na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas Gerais. Numa manhã fria de junho, o jovem Chico Taquara, aparentando ter vinte anos, chegou na cidade. Sua intenção era viver retirado em alguma área rural onde se sentisse seguro e preservado da convivência humana. Ele era um espírito livre e controverso. Muitas pessoas querem saber onde ele nasceu, de qual cidade ele veio e quem eram seus pais. Na verdade, são perguntas que não podem ser respondidas, pois não há relatos e nem documentos que comprovem que ele morou em outra cidade antes de se mudar para São Thomé das Letras. Também não há notícias sobre quem foram seus pais, irmãos e parentes. A origem e o destino dele são um mistério que só a filosofia dos mistérios pode esclarecer. Então, segundo a filosofia dos mistérios, quem foi Chico Taquara? Indo direto ao ponto, o fato que a história desconhece é que ele não era um homem, mas um espírito materializado. Alguns místicos entendem e divulgam que a cidade de São Tomé das Letras é um portal que dá acesso a outras regiões mais evoluídas do Plano Espiritual. Esse pensamento é coerente com a filosofia secreta. Porém, o místico Chico Taquara não só foi o responsável por estabelecer esse portal espiritual, mas ele mesmo era um habitante daquelas regiões e se materializou na Terra a partir de lá. Entendendo isso, temos a dizer que naquela manhã fria de junho, em 1860, quando Chico Taquara apareceu na cidade de São Thomé das Letras, ele não estava vindo de uma outra cidade qualquer, porém sim havia acabado de se materializar no plano físico com a missão de construir o portal que conecta aquela montanha aos mundos superiores. Clique aqui e veja mais.



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