O ideal seria que as cidades tivessem um número de habitantes compatível com o número de empregos. Uma cidade que oferece 20 mil vagas deveria ter apenas 20 mil pessoas no mercado de trabalho. Esta seria uma situação civilizada. Fugiu disso, é estado de selvageria. A superpopulação das cidades gera desigualdade social e violência. É como se fosse a situação de uma cadeia onde cabem mil presos, mas são abrigados dois mil ou mais. A solução seria um controle de natalidade para diminuir as diferenças entre oferta e procura de empregos. Se a população não diminuir, as cidades vão continuar existindo com o desamparo social do governo e convivendo com a violência decorrente da criminalidade, que, neste caso, decorre de uma população maior que o conforto que o poder público pode oferecer a todos, deixando muitos de fora. Primeiro o governo pratica um crime involuntário contra o indivíduo quando não lhe oferece uma sobrevivência digna (trabalho, saúde, educação, lazer, segurança, etc.) dentro da jurisdição de origem. Quando o sujeito desamparado socialmente procura sobreviver praticando o crime, literalmente está se vingando e se defendendo da violência à qual foi submetido. Se achamos que diminuir a população ao número ideal que o governo tem suporte para amparar é uma solução impraticável, aumentar o poder de gerência do governo sobre a injustiça social também é impossível. Organização social e a injustiça social são dois polos incompatíveis por causa da superpopulação das cidades. A injustiça social reflete o vermelho do orçamento do poder público perante a superpopulação de indivíduos humanos. Se temos vinte cadeiras para duzentas pessoas, 180 vão ficar de pé.
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Jornal O DIAS
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