Interessante no pensamento de Schopenhauer é que ele desconstrói a visão cultural do "eu sou pessoal". Mesmo não querendo ele faz isso. Ele induz a pensar que a fome que sinto é uma fome do universo em mim. É uma fome do desejo de viver. O meu desejo sexual é um desejo sexual da vida em mim. A natureza inteira é uma forte "vontade de viver". A vontade de viver é multidimensional, é integrada, é a fonte de onde nascem todos os desejos dos seres vivos. Ela promove a seleção das espécies. A vontade de viver se manifesta como universo e é anterior ao big bang. Todos os movimentos e atividades das galáxias e dos seres unicelulares são impulsionados pela "vontade de viver" dentro do Campo Mental Unificado. A unidade da vida está nessa expressão do filósofo. Os instintos são atividades inconscientes. São expressões da vontade de viver nos seres vivos. Vejo três grandes forças manifestadas. Elas fazem parte da constituição biológica e fisiológica dos seres vivos: o campo mental unificado, a inteligência da super mente aplicada e a vida ou vontade de viver multidimensional e integrada. Somos conduzidos pela vontade de viver. Fazemos o que ela quer. Com essas conclusões perdemos a concepção de particularidade e de individualidade. Não existe entidade pessoal. Não somos nem autores dos nossos desejos e instintos. Essas forças estão instaladas em todos os seres. São elas que dirigem e impulsionam o universo. Não existe vida autônoma. A manifestação da vida e dos instintos é integrada e multidimensional. Observamos que até a fantasia sexual é estimulada pelo tipo biológico que atrai os indivíduos.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
Schopenhauer e a Teoria da Supermente