Vivemos dentro de um campo mental unificado e cósmico. Essa Mente produz uma pulsão mental no cérebro das pessoas e ativa a consciência do indivíduo. É a pulsão mental. Essa mente quântica desconsidera a ideia de sobrevivência psicológica da pessoa após a morte, mas admite que nossas experiências sensoriais, racionais e intelectuais permanecem para sempre no banco de dados da Supermente e serão utilizadas como anteparo na evolução da espécie humana. A ideia do ser humano como fenômeno passageiro não descarta a ideia da eternidade da mente. Só que não se trata da eternidade da psique da pessoa, é a eternidade da supermente usada por todas as pessoas, por todos os seres vivos, por todos os elementos e partículas. A supermente é como o ar, ambos são usados pelo indivíduo, mas não são produzidos pelo indivíduo. O uso da mente, quer pelos animais das outras espécies, quer pelos homens, não os transforma em seres eternos. Pois apenas usamos a mente unificada, não somos ela. Mesmo assim, a supermente não tem e não é uma consciência pessoal. Embora muitas religiões e filosofias afirmem que cada pessoa tem um "espírito" próprio, o qual é eterno e viverá eternamente depois de passar por um julgamento ou por sucessivos nascimentos e mortes, tais concepções podem não representar a verdade sobre a relação do ser humano com a super mente ou campo mental unificado. Assim como o instinto sexual é uma pulsão biológica, a psique é apenas uma pulsão mental. A única parte da pessoa que sobrevive após a morte são os arquivos de experiência sensorial que ficaram guardados na supermente. Tudo o que pensamos já está automaticamente arquivado no campo mental unificado, pois o usamos para pensar. São esses arquivos de pensamentos, sentimentos e experiências que sobrevivem e vão, dentro de uma síntese com todos os outros arquivos humanos gravados na supermente, modelar as futuras gerações, biológica e socialmente.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
A Psique e a Supermente