A pouca felicidade é muita para quem não tem nenhuma. As coisas bonitas também acabam. O amor, por exemplo, é feito uma flor: começa como um botão, desabrocha, tem aquele perfume espetacular, dura algum tempo e murcha. Quem guarda a flor que secou no galho? Ninguém. Só aproveitamos o amor enquanto ele existe. Quando acaba, quando murcha, quando não tem mais perfume, é como a flor que perdeu a vida. Às vezes, resta só uma saudade. Mas saudade não é amor. E a pessoa também é como a flor. Olhemos ao redor. Quantas pessoas estão murchando com a idade! Se tem alguma coisa na tua vida que merece ser vivida, corre atrás. A ave que revoa lá no céu está prestes a cair. Cansar-lhe-ão as asas. O teu tempo é curto. O espaço entre dois amores pode ser maior do que o tempo que te resta. A distância entre duas grandes felicidades nem sempre dá para ser percorrido antes da morte chegar. Não esbanje a sorte. Já não são muitas as oportunidades, e elas não farão fila na tua porta. Tu, sim, talvez entre na imensa fila dos que esperam uma chance de ser feliz. E olha que é uma fila enorme! O pior é que não raro a pessoa teve a felicidade em suas mãos, porém a abandonou como se fosse pouca coisa, para logo depois entrar na deprimente fila dos infelizes. Conserve a pouca felicidade que tiver. Ela te fará falta! Por mais fraco que seja o teu amor pela pessoa que te foi muito cara um dia, se ele ainda não virou lixo, coloca energia nessa oportunidade de amar, pois essa pode ser a tua última chance de amar e ser amado nesta existência.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
O Maior Erro é Deixar de Amar