O instinto de sobrevivência faz o indivíduo desenvolver interesse por pessoas que podem ajudá-lo a sobreviver com mais dignidade. Essas pessoas significam conforto e segurança. Do mesmo modo que o cão começa a amar quem lhe dá carinho, abrigo e alimentação. Todos os animais são estimulados pelo interesse pessoal em salvar sua pele. Por isso queremos que seja eterna a companhia de quem nos acolhe em seu coração e preenche as nossas carências, seja com afeto ou conforto material. Quando perdemos interesse na companhia de alguém, certamente é porque o instinto de sobrevivência em nós passou a focar em outra pessoa ou situação capaz de gerar mais conforto e segurança. Não existe amor desinteressado. O que move mesmo as pessoas é o instinto de sobrevivência. Durante a evolução das espécies, o cão passou a desenvolver um excessivo apego ao homem porque aprendeu que ele é carente de companhia e sabe que, demonstrando carinho e amizade, vai mantê-lo por perto satisfazendo suas necessidades, vai ter suas mínimas vontades satisfeitas e garantir uma sobrevivência com mais conforto e segurança. O suposto amor incondicional do cachorro não passa de uma estratégia de adaptação bem desenvolvida. Todos os seres vivos estão constantemente em busca de uma sobrevivência mais segura e confortável. Os principais sentimentos de cooperação entre os seres vivos foram desenvolvidos como resposta ao desafio da luta pela sobrevivência.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
O Instinto de Sobrevivência