A pulsão da vida e o instinto de sobrevivência parecem ser a mesma coisa. Freud praticamente entendeu que o mundo é movido pelo instinto de sobrevivência. Na visão de Schopenhauer, o instinto de sobrevivência é identificado como "vontade de viver" e existente nos seres vivos e fora deles. O espaço estaria cheio da vontade de viver. Concordamos que o instinto de sobrevivência, que procura expressão em cada um de nós, não existe só nas formas de vida terrena, mas está igualmente pulsando na mais distante estrela que brilha lá no infinito, e em todo o espaço. A vontade de viver é o que podemos chamar de instinto de criação. A vida é uma vontade inata de se expressar pela criação e necessita de formas de expressão. Esse instinto de criação é anterior ao próprio universo e pode ter sido a causa do big bang. Os átomos, as moléculas, as células e tudo o que vive é movido pelo instinto de criação e procura continuamente criar novas formas de expressão através de parcerias biológicas. A evolução das espécies e do universo é movida pelo instinto de criação, o qual se expressa como uma variedade de outros instintos, e os estudiosos também o chamaram de pulsão da vida quando identificada a sua presença nos seres vivos. Se dissermos que Deus é o instinto de criação, uma força biológica auto-existente, não estaremos errados. Somos forçados a pensar que a força biológica da vida é anterior ao big bang, funcionou como a alavanca de Arquimedes para o impulso da expansão do universo e existe em toda parte como um instinto de criação e de expressão.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
Biologia - Instinto de Criação