A síndrome da solidão é um comportamento induzido pelo instinto de sobrevivência. Embora as pessoas se organizem socialmente, elas possuem uma tendência natural à solidão. Quanto maior for a violência social praticada pelas populações humanas em estado de desequilíbrio demográfico, mais as pessoas tendem a se camuflar e fugir do convívio. Porque a solidão, onde a pessoa se expõe menos, é a condição que mais oferece garantias de proteção e sobrevivência. É isso o que o indivíduo sente. Quanto mais só, mais preservado. O pânico pode ser considerado o ponto alto da crise de uma síndrome da solidão. Ele é o alerta máximo para a presença do inimigo. No estado de pânico, a pessoa imagina e reage psicologicamente a ameaças imaginárias, o que causa sintomas físicos semelhantes ao de alguém que está realmente sendo perseguido e em fuga acelerada. O paciente vive fugindo do inimigo. O ladrão, o assassino, o estuprador e o enganador, entre outros tipos de criminosos, podem estar encarnados em qualquer pessoa do grupo onde vivemos, e, sabendo disso, o paciente diagnosticado com o estado de pânico transfere a consciência dessa possibilidade para a vida real, cria a ameaça imaginária e se coloca em estado de fuga.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
Solidão é Camuflagem e Autodefesa