Devemos ir fundo no amor? Sim e não! Se for para amar e ser amado na mesma medida, a resposta é sim. Se for para amar e não ser amado, a resposta é não. O amor é parecido com o álcool: tem gente que pode com ele, tem gente que não pode. E tem gente que pode com a força do amor, tem gente que não pode. Quem se embriaga com o amor até cair e ficar de quatro pela pessoa amada, tem que evitar o romance. O jogo do amor tem que dar empate: a mesma medida para os dois. É muito difícil saber a medida do amor e a hora que tem que parar. O importante é observar como a outra pessoa entra no amor com você. Se ela entra junto e com a mesma intensidade ou se entra menos, indecisa. Se ela está menos entusiasmada, então ame apenas até ao ponto de poder sair sem estar com o coração amarrado. Se você tem que pedir beijos e implorar carinhos, isso não é amor. Amar sozinho não é amor, é obsessão. Só podemos amar muito a uma pessoa quando ela nos ama igualmente muito. Se você precisa pedir para alguém ficar, é melhor deixar ir e fechar a porta. O amor sempre quer ficar junto, não abandona. Se foge de você, não é felicidade. A filosofia de que o amor é para sempre, não passa de folclore. Tudo no universo nasce e morre. Amor tem prazo: pode ser longo ou curto. Se o amor virou infelicidade, escangalhou. Infelicidade não tem conserto, é lixo, pode descartar da sua vida.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
Até Que Ponto Devemos Amar?