A consciência é a interatividade da pulsão dos instintos com a pulsão mental. As duas pulsões interagindo no organismo criam a psique e a capacidade de interpretar e transformar em diálogo as imagens exteriores captadas pelo cérebro. A consciência da pessoa não é exatamente a pulsão mental, mas a atividade desta canalizando para o mundo externo a energia da pulsão dos instintos. Se a pulsão biológica cessar, a pulsão psíquica deixa de ser provocada, a mente fica inativa e acaba a consciência pessoal. A consciência que experimentamos é exatamente o processo mecânico da psique em busca, no mundo exterior, de destinos para o fluxo dos instintos. Os nossos relacionamentos de amor e de amizade são os destinos que damos aos fluxos pulsionais instintivos. A família (principalmente a mãe) é o primeiro destino, ainda inconsciente, dos fluxos instintivos da criança. A psique, por outro lado, durante o processo de encontrar destinos para a pulsão dos instintos, é estimulada pelas imagens que recebe do mundo externo. A pulsão biológica dos instintos é embrionária em todos os seres vivos, fazendo com que se esforcem para sobreviver. A pulsão mental é igualmente embrionária em todos os seres vivos, forçando-os a se tornarem conscientes do mundo externo. Neste caso, a psique não é simplesmente o resultado do funcionamento do cérebro, mas da pulsão mental. A pulsão mental é perfeita em todos os seres vivos. A formação da psique é que varia de pessoa para pessoa e não tem padrão.
Todas as informações registradas na psique durante esse processo de ativação da consciência pessoal são captadas e transmitidas continuamente à mente cósmica.
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
O Que é a Consciência?