Deus é como uma árvore frondosa e imensa, cujos galhos alcançam as alturas das estrelas e suas raízes se ramificam por toda a profundeza do infinito. Os humanos, todos os outros animais e seres vivos são como as folhas dessa árvore, são folhas da árvore divina que envelhecem e caem, como as folhas de qualquer árvore. O vento carrega as folhas caídas para diversos locais e destinos que ele próprio escolhe. O vento sopra as folhas para lá, para cá, balança os galhos, até que, finalmente, as folhas secas caem. Continuamente as folhas caem da árvore divina e são arrastadas pelo vento. O mais sábio é deixar que o vento aponte a direção e a vida seguir o seu curso, com a consciência de que somos limitados pelo nascimento e pela morte. Não podemos desafiar a fatalidade da existência efêmera. A pessoa que luta desesperadamente para acumular objetos materiais e acha que é ou vai ser dona de alguma coisa, não tem a mínima noção de que é apenas uma folha caída e soprada pelo vento da vida. Reis e rainhas, sábios e filósofos, ricos e pobres - todos foram vencidos pelo destino, todos envelheceram, secaram e desapareceram como as folhas caídas de uma árvore.
Jornal O DIAS
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
As Folhas da Árvore Divina