As pessoas não entram em nossa vida por acaso e sem consentimento nosso. Existem nelas alguns atributos que naquele momento nos completam e nos atraem. E vamos descartá-las quando não nos completarmos mais com aquelas qualidades. As pessoas entram e saem da nossa vida por puro interesse nosso. Assim sendo, agradeçamos a Deus a companhia daqueles que nos completaram durante dias ou durante anos, seja com amor, com amizade, com ajuda solidária ou simplesmente fazendo companhia. Eles são a nossa história. Não amaldiçoemos ninguém, muito menos quem nos completou alguma vez na vida. Lembremo-nos sempre que nós mesmos abrimos as portas e convidamos alguém para entrar. Sejamos, pois, sempre agradecidos. Mágoas e ressentimentos são defeitos, não são virtudes. Quando nos magoamos, achamos que somos perfeitos. Pura ilusão! A perfeição é um desejo da humanidade, nunca foi a realidade de ninguém. As vezes inventamos mágoas como desculpas para nos livrarmos da companhia de alguém. E quando desprezamos as pessoas que passaram em nossa vida, muitas vezes diminuindo suas qualidades e seus préstimos, estamos atirando lama em nós mesmos, pois escolhemos aquelas pessoas para nos acompanhar e tivemos interesse em algumas qualidades suas, as quais passaram a fazer parte de nós. Observemos como certas coisas em nós foram absorvidas daquelas pessoas. Foram elas, e não outras, que passaram em nossa vida, nos ouviram, nos deram carinho, amor, tempo, dedicação, filhos...
Reportagem de Jornal O Dias
Artigo de Marco Aurélio Dias, filósofo, espírita e educador
O mistério das pessoas que entram em nossa vida